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Imagine entrar na sala — a luz suave da manhã atravessando a janela — e, num simples convite para “ouvir o mundo”, ver as crianças transformarem cada cantinho em palco de descobertas: o chocalhar das chaves vira campainha de curiosidade, o sopro suave na garrafa plástica ecoa como vento de aventura, e até o silêncio ganha significado.
Esse é o ponto de partida do plano “Os Sons do Ambiente”, que reúne propostas dinâmicas de identificação, comparação e classificação dos ruídos cotidianos, todas alinhadas à BNCC e pensadas para crianças da creche (Educação infantil).
Este artigo apresenta o plano de aula “Os Sons do Ambiente” direcionado à creche (1 a 3 anos).
O que veremos:
- A importância de explorar os sons cotidianos para ampliar a percepção auditiva e o vocabulário das crianças.
- Como alinhar o plano à BNCC, sobretudo ao campo “Traços, Sons, Cores e Formas”, destacando a habilidade de ouvir, identificar e diferenciar sons.
- Como descrever objetivos, conteúdos, recursos e atividades lúdicas (passeio sonoro, oficina de chocalhos, jogos de escuta) que estimulam a curiosidade e a expressão corporal.
- Como fazer a avaliação contínua e sugestões de materiais simples e recicláveis, para facilitar a prática docente.
Confira o plano de aula pronto ao final do artigo.
Entendendo os Sons do Ambiente
O ambiente emite sons o tempo todo: o sopro do vento, a buzina distante, o miado de um gato. Para crianças de 1 a 3 anos, essas experiências acústicas são convites naturais à descoberta.
Ao propor o plano de aula os sons do ambiente, o professor:
- Nomeia e qualifica os sons (alto/baixo, grave/agudo), criando consciência auditiva.
- Relaciona som e fonte, favorecendo a noção de causa e efeito.
- Estimula a expressão corporal, pois o corpo reage instintivamente aos estímulos sonoros.
Essa imersão amplia o repertório sensorial e fortalece a construção de significados sobre o mundo.
Qual habilidade da BNCC é usada para trabalhar os sons do ambiente na educação infantil?
Dentro do Campo de Experiências “Traços, Sons, Cores e Formas”, destaca-se a habilidade: “Escutar, identificar e diferenciar sons diversos do ambiente, percebendo suas fontes e variações.”
Ela incentiva atenção, escuta ativa e respeito ao silêncio, pilares do desenvolvimento cognitivo e socioemocional.
Diretrizes da BNCC – os campos mais conectados ao tema são:
- Traços, Sons, Cores e Formas — experimentação sonora, rítmica e artística.
- Corpo, Gestos e Movimentos — explorar o corpo para produzir som (palmas, pés, voz).
- O Eu, o Outro e o Nós — aprender a ouvir o colega e compartilhar instrumentos.
O professor garante intencionalidade pedagógica ao planejar experiências que articulem som, movimento e convivência.
Planos de Aula
Um bom plano de aula sobre os sons do ambiente para creche deve:
- Definir objetivos claros — ex.: reconhecer sons próximos e distantes.
- Selecionar recursos acessíveis — tampas, garrafinhas, papel amassado.
- Prever avaliação formativa — observar se a criança localiza a fonte sonora, faz silêncio para escutar ou reproduz o som.
A flexibilidade é essencial: se o grupo se entusiasma com o barulho da chuva batendo no telhado, transforme isso em pesquisa sonora instantânea!
Recursos Didáticos
| Recurso | Como usar na creche |
|---|---|
| “Caixa de sons” (potinhos com arroz, feijão, tampinhas) | Sacudir e adivinhar o conteúdo pelo som |
| Áudios curtos de pássaros, chuva ou veículos | Reproduzir e perguntar “que som é esse?” |
| Livros interativos com botões sonoros | Relacionar imagem, palavra e som |
| Instrumentos artesanais (chocalho de rolinho, tambor de lata) | Construir junto com a turma |
Atividades e Brincadeiras Sugeridas
1. Passeio Sonoro Pelo Pátio
- Objetivo: perceber sons naturais e humanos no entorno.
- Passo a passo: caminhar em silêncio com as crianças; parar, fechar os olhos e ouvir; depois comentar “O que você escutou?”.
2. Histórias com Onomatopeias
- Objetivo: ampliar vocabulário auditivo.
- Como fazer: narre uma história simples (“O sapo croac! A abelha zun!”) e deixe que as crianças repitam os sons.
3. Oficina de Chocalhos
- Objetivo: explorar timbres diferentes.
- Materiais: potes plásticos, grãos variados, fita adesiva colorida.
- Resultado: cada criança leva o instrumento para casa, fortalecendo a parceria família-escola.
Música e Expressão Sonora
A música é ponte entre sentidos da audição, linguagem e afeto. Inclua:
- Cantigas de roda que valorizam repetições e onomatopeias (“Lá vem o pato… qua-quá-quá”).
- Jogos de eco sonoro: professor bate palmas (curto-longo) e o grupo imita.
- Dança dos sons: quando a música para, todos congelam e escutam o ambiente.
Essas práticas integram ritmo, coordenação motora e consciência espacial.
Identidade e Cultura Sonora
Cada comunidade tem um paisagismo sonoro próprio: o apito do trem, o sino da igreja ou o vendedor ambulante. Trazer esses sons para a sala de aula:
- Valoriza a cultura local.
- Ajuda a criança a identificar-se como parte de um território sonoro.
- Abre espaço para os pais compartilharem gravações de sons de casa.
Pesquisa e Aprendizagem
Mesmo pequenos, os bebês e crianças bem pequenas podem investigar:
- Hipóteses: “Será que pedra faz som?”
- Observação: bater pedra na pedra, pedra na lata, comparar diferenças.
- Registros visuais/sonoros: o professor grava um vídeo curto e, depois, revê com o grupo.
Esse ciclo simples de pesquisa estimula curiosidade, linguagem e pensamento científico inicial.
Plano de Aula Pronto: Os Sons do Ambiente para creche
Concluindo
Ao aplicar o plano de aula os sons do ambiente você:
- Enriquece a educação infantil com vivências sensoriais significativas.
- Cumpre a BNCC ao desenvolver escuta ativa e respeito ao outro.
- Fortalece vínculos familiares, pois os instrumentos podem ser levados para casa, prolongando a aprendizagem.
Adapte cada etapa à sua realidade e ouça o interesse da turma — literalmente! 😉
Boa aula!
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